Prevalência de diabetes no Brasil chega a mais de 10% dos adultos nas capitais

Idoso fazendo teste do diabetes. Observatório da APS.
  • #1 – China – 140,9 milhões de casos
  • #2 – Índia – 74,2 milhões de casos
  • #3 – Paquistão – 33 milhões de casos
  • #4 – Estados Unidos – 32,2 milhões de casos
  • #5 – Indonésia – 19,5 milhões de casos
  • #6 – Brasil – 15,7 milhões de casos

Qual a diferença do diabetes tipo 1 e tipo 2?

O diabetes caracteriza-se pela produção ineficiente ou pela resistência à ação da insulina. Esse hormônio produzido pelo pâncreas é responsável por facilitar a entrada da glicose nas células para produção de energia. A deficiência de insulina eleva a concentração de glicose presente no sangue (hiperglicemia).

Além dos fatores genéticos, hábitos não saudáveis, como tabagismo e sedentarismo, são fatores de risco para a doença. Esta causa está principalmente relacionada ao tipo 2, que corresponde à maior parte dos casos de prevalência de diabetes no Brasil.

  • Diabetes tipo 1: é caracterizado pela produção insuficiente de insulina, por isso o tratamento inclui a reposição do hormônio. Tem origem autoimune, geralmente durante a infância ou adolescência, mas a causa e a prevenção são desconhecidas.
  • Diabetes tipo 2: neste caso, o organismo se torna resistente à ação da insulina, sendo necessário manter o nível de glicose no sangue controlado por meio da alimentação e/ou de medicamentos.

Entre os principais tipos, há também o diabetes gestacional, condição exclusiva da gravidez causada por alterações hormonais durante este período. O diagnóstico é realizado durante a rotina do pré-natal, pois os sintomas de diabetes gestacional podem ser imperceptíveis. A doença deve ser tratada para evitar complicações para gestante e bebê.

4 coisas que você precisa saber sobre o diabetes tipo 2

  1. É o tipo mais comum da doença, correspondente a 90% dos casos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde;
  2. Os sintomas mais marcantes são fome e sede constantes e vontade de urinar com frequência. Outros: visão embaçada, formigamento nos pés e mãos e feridas que demoram para cicatrizar, entre outros;
  3. O diagnóstico pode ser realizado por testes acessíveis. Os exames para diabetes são relativamente simples e baratos;
  4. Medidas de estilo de vida são eficientes para prevenir ou retardar o diabetes tipo 2: evitar açúcar e gorduras saturadas, praticar atividade física regular e não fumar.

Dia Nacional do Diabetes: panorama do diabetes no Brasil

Confira o ranking das capitais com maior percentual de casos de diabetes:

PosiçãoMunicípioPercentual
São Paulo (SP)12,1%
Brasília (DF)12,1%
Porto Alegre (RS)12,0%
Natal (RN)11,8%
Fortaleza (CE)11,6%
Rio de Janeiro (RJ)11%
Fonte: Vigitel, 2023. Dados e filtro disponíveis no Observatório da Saúde Pública

No lado oposto da tabela fica Rio Branco (AC), com prevalência de diabetes em 5,6% da população adulta (queda em relação aos 6,4% registrados em 2021).

Ranking das capitais com menor percentual de casos de diabetes:

PosiçãoCapitalPercentual
Rio Branco (AC)5,6%
São Luiz (MA)6,0%
Porto Velho (RO)6,6%
Macapá (AP)6,8%
Belém (PA)6,9%
Boa Vista (RR)6,9%
Fonte: Vigitel, 2023. Dados e filtro disponíveis no Observatório da Saúde Pública

Diagnóstico e tratamento do diabetes

Dos mais de 3,5 milhões de adultos com diabetes nas capitais do Brasil, 66,6% (2.346.002) receberam orientação médica para o tratamento medicamentoso. Do total de pessoas com diabetes:

Faz uso de comprimido para o tratamento59%
Faz uso de insulina para o tratamento13,6%
Fonte: Vigitel, 2023. Dados e filtro disponíveis no Observatório da Saúde Pública

Os gastos hospitalares equivalentes às internações em 2022 superam R$ 128 milhões (R$ 128.670.719,29). Em 2023, até o momento, o montante é superior a R$ 80 milhões (os dados ainda serão alterados até o final do ano).

No entanto, o número de óbitos tende a ser subestimado, pois, muitas vezes, diabetes não é a causa principal da morte. E, sim, as condições e complicações associadas à doença.

Diabetes pode ser uma doença silenciosa e grave. Com apoio dos cuidados da Atenção Primária, é possível minimizar riscos, preservar a qualidade de vida e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde, apesar da doença.

Dados atualizados em 09/11/2023